Cloudflare acusa Perplexity de burlar regras de acesso: os perigos dos crawlers furtivos
Imagine descobrirem que bots se passam por navegadores confiáveis para driblar suas regras de acesso e vasculhar conteúdos proibidos.
É exatamente o que a Cloudflare acusa a Perplexity de fazer: usar crawlers furtivos que ignoram bloqueios via robots.txt, giram endereços IP e mudam seu agente-usuário para coletar dados de sites recém-criados.
Quando técnicas assim passam despercebidas, sua empresa pode sofrer:
- Exposição de informações sensíveis
- Multas por violação de compliance
- Instabilidade e sobrecarga de servidor
- Perda de credibilidade junto a clientes
Nesta curadoria, você vai entender como esses riscos surgem e o que fazer para blindar sua infraestrutura.
O que acontece quando bots disfarçados acessam conteúdo proibido?
Quando crawlers furtivos ignoram suas regras de acesso, eles podem vasculhar áreas restritas do seu site e coletar dados confidenciais sem deixar rastros visíveis.
Essas invasões silenciosas provocam riscos graves, como revelação de informações estratégicas e vulnerabilidades exploráveis por agentes maliciosos.
- Exposição de segredos comerciais: roadmaps, orçamentos e negociações são capturados em segundos.
- Vazamento de dados de clientes: nomes, e-mails, números de telefone e histórico de compras ficam vulneráveis.
- Penalidades regulatórias: violações de LGPD ou GDPR podem gerar multas bilionárias e processos judiciais.
- Sobrecarregamento de infraestrutura: acessos não autorizados consomem banda e causam lentidão ou quedas do servidor.
- Queda de reputação: clientes perdem a confiança ao perceber falhas na proteção de suas informações.
Sem uma defesa adequada, esses bots disfarçados transformam brechas técnicas em prejuízos reais para qualquer empresa.
Como a Cloudflare identificou práticas de indexação duvidosas
Após receber várias reclamações de clientes que, mesmo bloqueando os crawlers oficiais do Perplexity via robots.txt e regras de firewall, continuavam registrando acessos não autorizados, a Cloudflare resolveu conduzir uma investigação interna.
Para testar as suspeitas, a equipe criou domínios recém-registrados, definiu regras estritas de bloqueio e monitorou todo o tráfego. Mesmo sem histórico de indexação em buscadores oficiais, esses sites de teste tiveram seus conteúdos detalhados pelo Perplexity.
- Reclamações de clientes sobre acesso a áreas protegidas;
- Criação de sites-modelo com robots.txt negando todos os bots;
- Implementação de bloqueios de IP e identificação de user-agent;
- Perplexity contornou restrições via rotação de IP, modificação de user-agent e alteração de ASN;
- Detecção de milhões de requisições diárias em dezenas de milhares de domínios.
Com esses achados, a Cloudflare reforçou suas proteções e removeu o Perplexity de sua lista de bots verificados.
Modificação de user-agent, rotação de IP e mudança de ASN
Para mascarar suas requisições, o Perplexity altera o cabeçalho “User-Agent” enviado no protocolo HTTP. Essa cadeia de identificação faz o servidor entender que o acesso vem de um navegador legítimo, como o Google Chrome no macOS, evitando bloqueios baseados em agentes reconhecidos de bots oficiais.
Em paralelo, o crawler adota rotação de endereços IP: a cada nova consulta ou lote de consultas, utiliza um conjunto distinto de IPs, frequentemente oriundos de proxies ou data centers variados. Essa prática dispersa o tráfego e dificulta a aplicação de regras de firewall que se baseiam em listas estáticas de IP bloqueados.
Por fim, a mudança de ASN (Número de Sistema Autônomo) consiste em alternar a conexão entre diferentes redes de provedores de Internet. Ao variar o ASN de origem, o agente foge de bloqueios baseados em faixas de rede, tornando a filtragem por ASN menos eficaz.
A defesa do Perplexity e a controvérsia técnica
Em sua resposta oficial, a Perplexity rejeita as acusações de coleta furtiva e afirma que seus agentes não realizam indexação automatizada ou armazenamento de conteúdo. Segundo a start-up, cada requisição ao site é feita estritamente a pedido do usuário, sem varredura contínua ou coleta em grande escala.
A empresa também questiona a metodologia da Cloudflare, classificando-a como uma confusão técnica entre diferentes serviços de IA. Para a Perplexity, a comparação com crawlers tradicionais ignora a natureza on-demand de seus agentes conversacionais e acaba levando a conclusões equivocadas sobre a legitimidade do tráfego gerado.
Como proteger sua empresa contra crawlers indesejados
Empresas que ainda não adotam IA contam com defesas estáticas e manuais, que não acompanham a velocidade e a sofisticação dos crawlers furtivos. Para reforçar suas barreiras, invista em estratégias que combinam inteligência de tráfego e automação avançada.
- Implementação de WAF com análise de comportamento em tempo real;
- Filtragem dinâmica de user-agents baseada em machine learning;
- Monitoramento contínuo de padrões de acesso e detecção de anomalias;
- Uso de honeypots e URLs camufladas para identificar bots disfarçados;
- Rotinas automatizadas de auditoria e bloqueio de IPs suspeitos;
- Integração com serviços de threat intelligence para atualização permanente.
Além disso, plataformas de automação com IA podem orquestrar essas defesas de forma centralizada, ajustando políticas de bloqueio conforme o tráfego evolui. Com soluções personalizadas, como as oferecidas pela IntelexIA, sua empresa ganha visibilidade e controle em tempo real, identificando e neutralizando bots indesejados antes que causem danos.
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Fonte Desta Curadoria
Este artigo é uma curadoria do site ActuIA. Para ter acesso à matéria original, acesse Cloudflare acusa Perplexity de usar crawlers furtivos para contornar regras de acesso ao conteúdo