Finanças e Negócios

IA na navegação: evite queda de tráfego e aumente eficiência

Como a IA está revolucionando a navegação na internet e o que sua empresa pode fazer

Nos últimos meses, a inteligência artificial vem redesenhando nossa forma de buscar e consumir informação na web. Resumos gerados por bots, como os AI Overviews do Google e respostas de chatbots, passaram a atrair usuários que antes clicavam em links — gerando queda de até 34% no tráfego orgânico e ameaçando modelos de negócio baseados em audiência.

Veja o que abordaremos neste artigo:

Perda de visitas e impacto nos resultados;
Navegação conversacional em vez de cliques;
Riscos de confiar cegamente na IA;
Estratégias para proteger seu conteúdo;
Como usar a IA para aumentar eficiência.

Perda de tráfego em até 34%: o risco que sua empresa corre ao ignorar a IA

O surgimento dos resumos gerados por IA nos resultados de busca vem provocando um verdadeiro choque para empresas que dependem de tráfego orgânico. Um estudo global da Similarweb apontou queda de 15% no volume de buscas que resultam em cliques entre junho de 2025 e o mesmo período de 2024. No Brasil, a retração foi de 8,2% nos acessos a páginas jornalísticas no primeiro trimestre de 2025 em comparação com 2024, passando de 591,1 milhões para 542,5 milhões de cliques.

Ao detalhar o impacto, vale observar:

A proporção de buscas relacionadas a notícias sem cliques nas fontes subiu de 56% para 69% em um ano;
Em junho de 2025, o tráfego orgânico brasileiro atingiu o menor nível em quatro anos, com queda de 18,6% em relação a janeiro;
Análise da agência Ahrefs concluiu que o AI Overview do Google reduz em média 34,5% o CTR do primeiro link exibido abaixo do resumo.

Para quem ainda não adota soluções de IA, o cenário é alarmante: menos cliques significam captação reduzida de leads, menos oportunidades de conversão e dificuldade em mensurar resultados de marketing digital. Ignorar essa mudança na jornada do usuário pode deixar sua empresa fora da rota preferencial de quem busca informações na internet.

O novo paradigma das buscas: de cliques a conversas com chatbots

A lógica tradicional de pesquisa, baseada em listas de links, vem cedendo espaço a experiências conversacionais. Hoje, o Google exibe AI Overviews que resumem artigos antes mesmo de o usuário clicar em um resultado.

Paralelamente, chatbots como ChatGPT e Perplexity oferecem respostas diretas e personalizadas, eliminando a necessidade de navegar por múltiplas páginas. Basta fazer uma pergunta, e o modelo entrega um texto organizado em segundos.

Resumos no topo: o AI Overviews aparece primeiro, reduzindo a visibilidade dos links abaixo;
Respostas instantâneas: chatbots fornecem detalhes claros sem exigir cliques;
Navegadores com IA: empresas lançam browsers próprios para concentrar toda a jornada em um único ambiente.

Como consequência, o usuário passa de um papel ativo — escolhendo quais links explorar — a um papel mais passivo, aceitando a curadoria automática oferecida pelos sistemas de IA. Esse novo formato tem potencial para acelerar a obtenção de informações, mas também pode limitar a diversidade de fontes acessadas durante a pesquisa.

Dados que comprovam a queda no tráfego orgânico

Relatórios da SimilarWeb revelam um cenário preocupante para empresas e veículos de mídia que dependem de visitas via busca orgânica. A redução de cliques não é apenas pontual, mas contínua, afetando resultados e métricas essenciais de desempenho online.

Global: o volume de buscas que geram cliques caiu 15% entre junho de 2024 e junho de 2025;
Brasil (1º trimestre de 2025): retração de 8,2% em acessos via busca orgânica, de 591,1 milhões para 542,5 milhões de cliques em comparação ao mesmo período de 2024;
Junho de 2025: menor tráfego orgânico em quatro anos no Brasil, com queda de 18,6% em relação a janeiro;
Proporção de buscas por notícias sem cliques subiu de 56% para 69% em um ano, reduzindo a exposição de conteúdo original.

Com menos cliques, empresas enfrentam desafios na captação de leads, diminuição de receita publicitária e dificuldades para medir o impacto de suas ações de marketing digital.

Desafios e riscos de confiar cegamente nas respostas de IA

Ao interagir com chatbots e resumos automáticos, o usuário tende a adotar um comportamento mais passivo, aceitando a resposta gerada sem questionar fontes ou metodologias. Esse deslocamento do papel ativo (onde se escolhe links e analisa diferentes perspectivas) para o banco do passageiro aumenta o risco de desinformação.

Além da passividade, há o problema das “alucinações” da IA: respostas incorretas ou inventadas que o sistema apresenta com a mesma certeza de um dado verificado. Sem a checagem de fontes, esses erros podem ser replicados em decisões pessoais e profissionais.

Alguns casos revelam consequências reais:

Uma influenciadora espanhola foi impedida de embarcar para Porto Rico após o ChatGPT afirmar, equivocadamente, que não era necessário visto;
O chatbot DeepSeek chegou a omitir totalmente o massacre da Praça da Paz Celestial;
Empresas relatam uso de informações desatualizadas ou sem contexto adequado.

Para mitigar esses riscos, é essencial manter hábitos de verificação, consultar múltiplas fontes e tratar as interações com IA como ponto de partida, não como resposta definitiva.

Estratégias para proteger seu conteúdo e manter audiência

Para combater a evasão de cliques e proteger sua propriedade intelectual, considere adotar soluções que regulam o acesso de bots e reestruturem sua estratégia de SEO para IA.

Bloqueadores de rastreadores de IA criam barreiras que impedem a leitura não autorizada de conteúdo por modelos de linguagem. Plataformas como Cloudflare oferecem ferramentas capazes de filtrar ou limitar crawlers, garantindo maior controle sobre quem consome suas páginas.

O modelo “Pay Per Crawl” autoriza o acesso apenas mediante remuneração. Ao definir um valor para cada visita de bot, você estabelece uma nova fonte de receita e inibe usos indevidos de conteúdo sem compensação.

A evolução do SEO para IA (AEO, AI Experience Optimization) foca em otimizar conteúdos para serem interpretados por algoritmos de geração de resumos. Isso envolve:

Estruturar informações em blocos claros e objetivos;
Utilizar marcações semânticas para evidenciar dados-chave;
Aprimorar títulos e subtítulos com perguntas e respostas diretas;
Manter atualizações regulares para reforçar a relevância.

Com essas estratégias, sua empresa amplia a proteção do conteúdo, preserva o tráfego orgânico e ajusta sua presença digital ao novo paradigma das buscas baseadas em IA.

Como usar a IA a seu favor: eficiência e produtividade com IntelexIA

Para driblar a queda de cliques e aproveitar o novo comportamento dos usuários, vale investir em soluções de automação inteligente que centralizam tarefas repetitivas e aceleram a tomada de decisão. Ferramentas baseadas em IA transformam processos manuais em fluxos automatizados, liberando equipes para focarem em atividades estratégicas e criativas.

Atendimento automatizado: chatbots capazes de responder dúvidas frequentes e encaminhar solicitações complexas para humanos;
Geração de relatórios: sistemas que coletam dados de diferentes fontes e entregam dashboards prontos para análise;
Personalização em escala: motores de recomendação que sugerem ofertas ou conteúdos com base no perfil de cada cliente;
Otimização de workflows: orquestração de tarefas entre departamentos, reduzindo retrabalhos e gargalos.

Ao adotar plataformas como as desenvolvidas pela IntelexIA, empresas conectam essas automações diretamente aos seus sistemas legados, mantendo controle total sobre segurança e governança de dados. O resultado é aumento de produtividade, velocidade na entrega e adaptabilidade às mudanças da navegação online, sem comprometer a qualidade do serviço.

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